O mar a mar a póvoa é, fundamentalmente, um regresso, como toda a poesia, e se calhar toda a arte. Um regresso ao tempo irrepetível da infância, que é também, e sobretudo, um acto de amor melancólico. Que esse milagre seja feito tão só de palavras e de ritmos, percorrendo desprendidamente ruas como quem bebe a infância, eis o milagre. Um milagre cada vez mais raro.